Por mais elevadas que sejam as estatísticas que contabilizam os diabéticos no mundo, infelizmente elas subestimam a realidade. Isso ocorre porque cerca de 50% dos diabéticos desconhecem a sua condição pelos mais diferentes motivos. O principal deles é o fato de que a doença pode passar muito tempo assintomática, apesar de poder ser detectada através de exames laboratoriais muito simples e baratos.
Por outro lado são alarmantes as cifras das pessoas que ainda não são diabéticas, mas que já estão fora dos valores normais do açúcar no sangue. São os pré-diabéticos. Eles somam, por alto, cerca de 344 milhões de pessoas em todo o mundo. Daí a importância de se fazer o diagnóstico desses futuros diabéticos, para impedir uma evolução previamente anunciada da doença.
A glicemia de jejum sempre foi um marco no diagnóstico do diabetes e valores entre 70 e 99mg/dL sempre tranquilizaram médicos e pacientes. Entretanto, o diabetes pode estar disfarçado de glicemia normal e pode evoluir muitos anos até alcançar os valores extremos das glicemias que conferem o diagnóstico. Nesse estágio da doença, muito já se perdeu das células produtoras de insulina, um caminho sem volta.
Filho de peixe, peixinho é... Assim um filho de um diabético, pode até se livrar da doença, mas será sempre uma pessoa de risco. Deverá receber atenção redobrada pela possibilidade de desenvolver a doença. Neles, uma glicemia de jejum de 80mg/dL não deve ser tranquilizadora, principalmente quando encontramos outros sinais de risco.
O nome “pré-diabetes” deixa claro do que se trata: uma condição em que o sujeito está prestes a se tornar diabético. A alteração mais comum nessas pessoas é o aumento do peso corporal, uma gordura estranhamente localizada na cintura, associada, muitas vezes, a membros normais. Além disso, pode ocorrer elevação da insulina e dos triglicérides, bem como queda no colesterol bom (HDL colesterol). O pâncreas da pessoa com pré-diabetes passa a produzir níveis progressivamente elevados de insulina, o que garante glicose normal durante muitos anos e impede que o diagnóstico de diabetes seja feito.
Em todos esses casos¸ exames laboratoriais periódicos poderiam ser úteis no diagnóstico precoce do diabetes e na prevenção da doença ao revelar os pré-diabéticos.
Fonte: UOL.
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